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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Ilusão acordado...


caminhar na areia branca,
calar-me, sentir as ondas tocar os pés,
sorrir, ver Deus,
sentir as ondas tocar os pés!

fugir daqui, buscar a paz,
tentar sorrir, sem lembrar do mais,
ser feliz, sonhar, voar
lembrar o dia, olhar pra traz...

chorar por ver, não ser capaz,
fugir do mundo, tentar voltar,
estar aqui,  querer fingir,
sorrir, mentir, cair, sumir.

rasgar o peito, tocar o ar,
sentir as nuvens, sentir cortar,
dormir dos outros, não mais olhar,
querer a ti, não ter em mim!
Dúvida? Vontade de não ser poema. Querer da vida, formas simples, não redondas. Tratar as sombras, como sombras mesmo, fugir de monstros, enfrentar dilemas...

Ar? Ter chance de escolher. Leve, voar, como balão perdido. Fazer dos ventos, morada sem fim...

Vida? Pra quê? Tão mais fácil dormir, sentir o peso de panos, que se vão pelo ar. Transformar o eu, quem sabe ainda encontrar-me...

Paz? Incógnita, utopia, dor! Fazer do certo o correto, rir por não acreditar no incerto. Ter a certeza de não querer existir, por ser simples...

Morte? Quem sabe a razão? Terminar o ontem todos os dias, definhar. Sentir prazer por esperar, deixar sonhos, viver!

Afaga meu afeto,
Destrói meu concreto, constrói...
Faz o inesperado, momento mágico,
Faz-me (re)acreditar!

Toca a alma,
Bagunça o novelo, tece...
Transforma em sonhos,
Revida vida!