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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

pela madrugada

A noite dorme enquanto as luzes se acendem.
Momentos de sonhos intermináveis
dominam a vasta névoa que compreende meu ser.
Vontade de saltar, mas o abismo perde altura.
Agora, a queda não causaria nem arranhões.
Resta prosseguir, acreditando,
buscando o que jamais pensei encontrar.
Basta entregar-me às noites de sono.
As luzes tornam a dormir...

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O azul do mundo.

Fui jogada pelo vento
Fungando e mendigando
Ao som de nada mais
Que aquele choro
Sem graça que diz
Nada
Da vida, do terno e da alma.

Me jogo contra a história
que não acaba
e por esse eterno
fim
não vem pelas estações 
do ano. 

Tirando as preces,
nada mais declaro.
A parte do dia
a noite não cala.
E os dizeres que escorrem
fogem 
de mim
antes que os note
e registre
e fuja
e perceba,
em fim,
que lugar nenhum pertence a mim.

Nessa roda sem
precedentes
fugazes
declaro a morte
de tudo que deixou
de ser
de estar
de vir
de me amar. 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

feliz... o quê?


tantos dias de poesia, tantas horas de solidão, tantos lugares sonhados, tantas pessoas longe... desilusão

esperanças finitas, fantasiadas de pra sempre. morte esperada, espera distanciada... vontade renovada


certezas absolutas, tão reais quanto o vazio, pleonasmo, vício que corta e costura... língua


sentimentos, bagunça organizadinha, verdades que um dia virão... lentas


anos, novos que se vão, velhos que estão... felizes neste, para estes loucos poetas taberneiros


vida, tantos, sonhos, esperas, absolutos, bagunças... velhas redundâncias