Caiu a folha seca do outono
E a bola de cristal girou
Noite de suspiros, insônia e delírios
Foi quando a minha estrela da sorte brilhou
Você embriagado
Pediu que eu sentasse ao seu lado
Ainda com o ar impuro
Olhos fundos, sorriso permanente
Contava seus devaneios
Grandes sacadas e
Desilusões engarrafadas
nada mais saberia expressar
Eu com a voz trêmula
Formigava da cabeça aos pés
Você me pedindo colo
E eu tomando café
Estava com meus nervos expostos
Num beco sem saída, um frio na barriga
Magnetizada fio a fio de cabelo
Insistia em me manter de pé
Mal conseguia segurar a xícara
E sorrir sem olhar para o chão
Que reação poderia ter
Com o coração na mão?
Sem se cansar de bater
Ele por ti já esperava
Eu é que não mais acreditava
Na cartomante que já se foi
Era alegre e doida como eu
Contava os dias e o passar das estações
E lá um dia se foi,
E cata-vento começou a rodar
Ela morreu dizendo
Sem ensaios e muitos risos para eu te esperar
Que um dia você entraria por aquela porta
Sem que eu pudesse imaginar,
E que eu u jamais conseguiria
falar sem estremecer, pensar sem enlouquecer
Diante desta "utopia" da qual você
me libertaria.
Potira Souto
2 comentários:
Gostei !!
Muito legal :)
Postar um comentário